segunda-feira, 11 de junho de 2012

Pearl Jam - Ten (1991)















É difícil logo no álbum de estreia uma banda conseguir tantas coisas como o Pearl Jam conseguiu. O incrível Ten foi gravado em menos de 1 ano de vida da banda e lhes rendeu sucesso mundial por quase uma década, através das rádios, revistas, MTV e da moda grunge que colou nos anos 90, em parte graças ao visual cabeludo-com-camisa de flanela dos caras.

O Pearl Jam veio como uma espécie de pós-Mother Love Bone - banda muito popular em Seattle que acabou após seu vocalista Andy Wood ter morrido de overdose em 1990.
O que aconteceu foi que os músicos remanescentes Jeff Ament e Stone Gossard, tristes pelo fim da banda e pela morte de seu amigo, resolveram fazer digamos um "último esforço". Deu certo.
 

Vindo da Califórnia, o carismático Eddie Vedder através de uma demo foi selecionado para ser o vocalista do que seria então o Pearl Jam. E nada como estrear uma carreira incrível lançando um puta álbum que virou febre.

De início, temos uma introdução meio ritualística, com sons até meditativos, que dá vazão ao mais puro hard rock cheio de energia em "Once". O refrão é perfeito.
Já impactando, a segunda faixa "Even Flow" virou um grande clássico da banda e da MTV nos anos 90 e 2000. 

"Alive" vem seguida, mostrando que desde os primórdios o Pearl Jam é uma banda que merece um bom espaço na história do Rock. É um hino, um baita rock com pegada country, que fala sobre um pouco da vida do Eddie, cujo nunca chegou a conhecer seu verdadeiro pai.

Em seguinda "Why Go Home" faz qualquer um pular. Um refrão incrível, guitarras pesadas e um baixo lancinante.

"Black" tem uma atmosfera bluesística-soft rock, com toques de guitarra distorcidas. Linda canção que seria executada até os dias de hoje por inúmeras bandas e músicos de bar pelo mundo inteiro.

"Jeremy" é uma narrativa sobre um caso verídico de um menino nos EUA que se matou na frente da sua turma de escola. Tão dramática como a temática, a aura misteriosa nessa música é cercada por um sons de violoncelo, guitarras pesadas, uivos angustiados de Eddie Vedder, que no vídeoclipe - exaustivamente exibido na MTV - mostra certa tristeza e desespero.

"Oceans" tem um clima mais relaxante, meio que em transe, hippie-praiano. Lembra um pouco de Patty Smith, Led Zeppelin em seus momentos de "viagem".

A emocionante "Porch" é um baita rock n roll, com solos influenciados por country-blues, que fala sobre a correria do mundo/estar com a pessoa amada. Coisa que o Pearl Jam é mestre.

"Garden" começa com um transe, um mantra que culmina em um refrão bem legal e um riff bem pesado. O solo de guitarra é lindo.

Mais uma vez Stone Gossard e Mike McCready mostram suas influências de Neil Young-Jimi Hendrix-Jimi Page-Ray Vaughan em "Deep". Puro blues com efeitos loucos de guitarra. Perfeito pra ouvir ao encher a cara.

"Release Master/Slave" fecha este incrível álbum que marcou a década de 1990. Ela soa como um clamor por liberdade. É quase ecumênico, com vozes carregadas de emoção. A parte condizente ao master/slave é a introdução do disco, só que um pouco mais longa, terminando em fade.

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